Santa Edwirges é a intercessora dos pobres e desvalidos, e o socorro dos endividados.
Instruções: Após a meditação de cada dia, fazer a oração à Santa Edwiges, que se encontra após o 9º dia. A novena deve ser feita com fé, e antes mesmo que ela acabe, você receberá muitas bênçãos. Basta acreditar!
1º DIA – O CRISTÃO E A RIQUEZA
Meditação: Se alguém
deseja ser um cristão verdadeiro não deve procurar o comodismo. Um certo
bem-estar não é condenável, principalmente nos casos de pouca saúde ou quando
as circunstâncias da vida o exigem. Mas o que a vida cristã não admite é a
procura exagerada do conforto, numa existência esplendorosa, utilizando o
dinheiro só para luxo e prazeres. No encontro de Puebla, em 1979, assim diziam
os Bispos latino-americanos: “Os bens da terra se convertem em ídolo e em sério
obstáculo para o Reino de Deus, quando o homem concentra toda a sua atenção em
tê-los ou cobiçá-los. Então eles se tornam absolutos. Não podeis servir a
Deus e ao dinheiro” (Lucas 16, 13). “A riqueza absolutizada é obstáculo para a
verdadeira liberdade. Os contrastes cruéis de luxo e extrema pobreza, tão
visíveis em todo o Continente, agravados ademais pela corrupção que muitas
vezes invade a vida pública e profissional, manifestam até que ponto nossos
países se encontram sob o domínio do ídolo da riqueza” (Puebla 493–494). Vamos,
portanto, utilizar as riquezas materiais para o nosso bem e para o bem do
próximo. Não permitamos que, por causa do dinheiro, nosso coração fique fechado
às necessidades dos outros.
Exemplo: Santa
Edwiges procurou fazer da sua vida uma contínua mortificação. Nada poupou em
rigorismo no tratamento do irmão corpo. Exigia dele muito mais do que as suas
forças físicas podiam oferecer nesse trabalho de permanente ascese, de
sacrifício ininterrupto. Submetia-se a jejuns diários, exceto aos Domingos e
grandes festas cristãs. Não comia carne de modo algum. E, para que rompesse tal
propósito, quando acometida de grave enfermidade, foi preciso que o legado de
Papa Guilherme, Bispo de Módena, isto dela exigisse com uma ordem rígida. E,
cumprida essa determinação, a Santa dizia que tal submissão lhe era muito mais
mortificante do que a própria doença. Mas a obediência sufocava qualquer
oposição de sua parte. O seu biógrafo nos dá notícia do regime alimentício que
ela seguia. Aos Domingos, Terças, Quintas e Sábados limitava-se a alguns
legumes secos; nas Quartas e Sextas, tão somente pão e água. E tudo isso em
quantidade limitada: o essencial apenas para atender às necessidades do corpo.
Mais tarde, quando fez o grande voto de continência perpétua na vida conjugal,
reduziu a sua alimentação a pão, legumes secos e água fervida. O esposo, que
não tolerava água e só bebia vinho às refeições, não se conformava com aquela
austeridade. E aconteceu que, numa Quarta-feira de Quaresma, havendo apenas
água na mesa, ele esbravejou. Mas, ao oferecer-lhe Edwiges a taça, o líquido
subitamente se apresentou como vinho. Os rigores do jejum, apesar de já tão
fortes, ainda aumentavam no tempo do Advento e da Quaresma. Em tais épocas
Edwiges comia tão somente para não cair sem sentidos.
Oração à Santa Edwiges
2º DIA – SABER SOFRER
Meditação: Quando
alguém é atingido na sua saúde por alguma doença, às vezes passa a lamentar-se.
No entanto, seria conveniente pensar que, em vez da saúde, podia perder a vida.
Sendo assim, todas as vezes que nos vier alguma doença, no lugar de reclamar
contra tudo e contra todos, abandonemo-nos inteiramente à vontade de Deus. Se
deixarmos a Providência agir em nós, nunca seremos dominados pela inquietação,
pelo desgosto ou pelo desânimo.
Quem reza todos os dias o “Pai
Nosso” não pode temer o mal, salvo se não tiver confiança em Deus. E convém não
esquecer que não há somente males do corpo. Há também o mal espiritual que é o
pecado. Se nos livrarmos dele com a ajuda da Graça, tudo o mais que nos
acontecer pode ser aproveitado no caminho da perfeição.
Exemplo: Assim como
previra a morte do filho Conrado, Edwiges também pressentiu o falecimento do
outro filho, Henrique. Na noite mesma da batalha, enquanto todos dormiam no
castelo de Króssen, a santa acordou meio sobressaltada e foi logo dizendo à sua
favorita dama de companhia: “Perdi meu filho. Meu único filho abandonou-me como
um passarinho voando rapidamente. Não o verei mais nesta vida”. Edwiges pediu à
moça que nada dissesse daquela conversa às demais pessoas da casa, a fim de
poupar os corações de Gertrudes, sua filha e Ana, sua nora, esposa de Henrique.
Não se passaram três dias e a dolorosa verdade veio cair de repente no meio das
três mulheres. Henrique morrera justamente na noite de 9 de abril de 1241, como
havia dito a santa. Enquanto ela, de ânimo resoluto, embora adolorada até ao
mais íntimo da alma, exclamava olhando para o céu: “É a vontade de Deus e nos
deve aprazer, como aprouve ao Senhor”. Ana e Gertrudes choravam
inconsolavelmente externando uma imensa dor. Edwiges, como as heroínas e
mártires dos primeiros tempos da Igreja, consolava as duas filhas, enquanto
rezava em voz alta: “Ó Senhor, eu vos dou muitas graças por me terdes
proporcionado a felicidade de ser mãe de tal filho. Ele sempre me amou e me
tratou com o mais filial respeito, jamais me causando o menor desgosto. Seria
para mim uma grande satisfação vê-lo ao meu lado. Porém decidistes chama-lo e
ele atendeu ao vosso apelo derramando o seu sangue generoso em defesa da nossa
fé e da nossa pátria. Agora ele está no céu convosco. Encomendo a vós Senhor,
com toda a minha dor e com a minha conformidade, a sua alma tão preciosa”.
Oração à Santa Edwiges
3º DIA – SORRIR SEMPRE
Meditação: O bom
filho da igreja não tem motivos para andar de cara amarrada. Por isso será
muito benéfica a resolução de sorrir sempre. Sorrir para Deus, sorrir para o
próximo, sorrir para si mesmo. O amigo que nos ajuda, o transeunte que nos
cumprimenta, o sorriso de uma criança, a flor do jardim, o marulhar das ondas,
o brilho do sol, o encanto da lua, o luzir das estrelas… tudo isso é motivo de
alegria para o nosso coração. Se somos jovens, alegremo-nos pela mocidade que
possuímos. Se já entramos na idade madura, exultemos pelos dias que já vivemos.
E se já chegamos à velhice, aprendamos com aquele ancião que, aos oitenta anos,
dizia: “O segredo de uma longa existência é sorrir sempre”. Onde não há
sorriso, fica apenas a pobreza da vida e a insignificância do homem. Não
esqueçamos a frase de São Paulo aos Coríntios: “Deus ama o que dá com alegria”
(2 Coríntios 9, 7).
Exemplo: O casamento
de Edwiges com o jovem Henrique, filho de Boleslau IV, duque da Silésia e
pertencente à casa dos Piastas, verificou-se no castelo de Andeches, no ano
1186, com a pompa e os festejos da época e da alta linhagem a que pertenciam os
noivos.
A jovem esposa levou de dote a
elevada importância de 30.000 marcos, que representavam uma verdadeira fortuna.
Henrique não recebeu esse dinheiro. Quis deixá-lo inteiramente à disposição de
Edwiges, que o empregou na fundação de um convento para as monjas cistercienses
em Trébnitz. Isso comprova bem claramente que aquele príncipe, apesar de seus
dezoito anos, mostrava possuir um nobre caráter. Edwiges, embora muito nova,
tinha uma alma grande e delicada. Culta o quanto podia ser uma dama naqueles
tempos, de inteligência viva e ânimo forte, passou e exercer notável influência
sobre o marido. Pode-se dizer que o primeiro cuidado foi completar a formação
religiosa de Henrique. Verificou, desde os primeiros dias da íntima convivência
de casados, que a sua instrução no terreno espiritual deixava muito a desejar.
Apesar de ter tido como professor um cônego, e apesar de seu próprio irmão ser
clérigo, Henrique apenas sabia rezar direito. Daí um trabalho de catequese num
sentido mais extenso e intenso. Ela aproveitava as conversas particulares para
ir instruindo o marido nas verdades da fé, pois desejava que fosse também
agradável ao céu aquele a quem, abaixo de Deus, amava mais na terra.
Oração à Santa Edwiges
4º DIA – A GENEROSIDADE CRISTÃ
Meditação: Não
devemos nunca perder as ocasiões que Deus nos oferece para fazermos alguma
coisa por nosso irmão. Deus espera de nós que mantenhamos sempre vivo no
interior do coração um desejo ardente de nada recusar. Se assim procedermos,
Deus estará sempre disposto a nos abençoar. Mas precisamos dar sem egoísmo, sem
esperar nada em troca. Dar com alegria, sem constrangimento. Todas as vezes que
formos solicitados a agir, elevemos o nosso espírito ao Pai Celeste e
verifiquemos se aquela ação é do seu agrado, porque assim não nos faltarão
forças nem meios para realizar o bem que de nós está dependendo. Nesse sentido
procuremos sempre utilizar as ocasiões com generosidade e serenidade,
porque é São Paulo que nos ensina: “Tudo posso naquele que me conforta”
(Filipenses 4,13).
Exemplo: A vida de
Santa Edwiges foi orientada pelos conselhos evangélicos e pode-se dizer dela o
que a Sagrada Escritura diz de Jesus Cristo: “Passou a vida fazendo o bem”.
Desde quando, pelo casamento, ela pode dispor dos seus bens, não cessou de
aplicar a sua fortuna em obras de caridade. Começou empregando o seu valioso
dote de noivado na construção do mosteiro de Trébnitz. Depois disso, estendeu o
seu amparo não só a este convento como a muitos outros existentes no seu reino.
Visitava pessoalmente os eremitas e não esquecia as religiosas de clausura. Fornecia-lhes
tudo o que precisassem, desde o alimento diário às roupas de inverno e outros
objetos que de outra forma não seriam conseguidos. Quando o duque se enchia de
preconceitos contra uma Ordem religiosa ou se desgostava com alguns monges, ela
surgia logo, prestativa e conciliante, para desanuviar o ambiente. E com bons
modos ainda arrancava dele generosas doações eclesiásticas, que permitiam
um trabalho mais eficaz em benefício do povo de Deus. O seu castelo não fechava
as portas aos peregrinos e penitentes que se dirigiam à Roma. Acolhia-os,
hospedava-os e dava-lhes os meios necessários para as viagens penosas e
fatigantes. A sua compaixão pelos aflitos era proverbial. Daí, ser considerada
protetora dos desvalidos e desamparados, dos pobres e endividados. Não podia
ver ninguém sofrer sem que sofresse igualmente; e as lágrimas lhe afloravam aos
olhos diante do padecimento alheio.
Oração à Santa Edwiges
5º DIA – SABER FALAR E SABER CALAR
Meditação: Diz o
apóstolo São Tiago que o homem perfeito é aquele que não peca por palavras.
Realmente quantas pessoas não matam sua alma somente porque não sabem controlar
a língua? Nosso Senhor dizia que não é pecado o que entra pela boca, mas
o que sai do coração. A reputação alheia nos deve ser tão cara quanto a
nossa. Não devemos divulgar o que os outros não tem o direito de saber.
Quantas vezes o silêncio em torno de certos assuntos nos livraria a nós e aos
outros de situações embaraçosas… Maria Santíssima vivia no silêncio e, no
entanto, se quisesse teria tanto que falar! O silêncio ensina tantas coisas! A
língua é uma arma de dois gumes: é perigosa e traiçoeira… Na maioria das vezes
é melhor calar do que falar. Não se nega,com isso,que não haja momento sem que
podemos e devemos falar.Mas, o cuidado no falar deve ser sempre muito grande,
porque facilmente cometemos excessos e exageros.
Exemplo: A vida em
família de Santa Edwiges foi um exemplo de caridade e uma fonte de riqueza
espiritual. A sua influência moral conseguia muitas vezes acalmar os ânimos
rebeldes daqueles que a cercavam. Por meio de sacrifícios, jejuns e
orações continuadas, tudo fazia para construir no reino e entre os seus
parentes a paz de Cristo. No entanto, o espírito belicoso dos cortesão se as
rixas antigas que dormitavam nos corações anulavam, vez por outra, a atuação
benéfica de Edwiges. Ela se via então envolvida na desordem, na confusão
dos ódios que alteravam os seus planos de pacificação geral. Mas,ela não
desanimava. Enfrentava os contra tempos comum a energia raríssima numa dama de
sua época; e em todos os instantes procurava evitar danos maiores, funcionando
como incansável mediadora e abençoada pacificadora.
Oração à Santa Edwiges
6º DIA – CONFIANÇA EM DEUS
Meditação: Quantas
pessoas ficam atemorizadas e cheias de pavor até ao ponto de perderem a
confiança em Deus, ao verem os inimigos da Fé ameaçarem de morte a Igreja de
Cristo! Os que assim procedem, começam por esquecer as palavras de Jesus sobre
o tratamento dado a Ele próprio: “Se tratam assim o madeiro verde, que farão
com o seco”? (Lucas 23,31). Depois convém lembrar que Jesus faz das
perseguições uma beatitude: Bem-aventurados os que são perseguidos por amor da
justiça! (Mateus5,10). Se Deus permite as perseguições à Igreja, também dá a
força e a graça para que a Igreja seja vitoriosa. As portas do inferno não
prevalecerão contra ela! (Mateus16,18). Assim, em vez de tristeza, deve existir
é alegria nos corações dos bons cristãos ao defrontarem as tempestades dos tempos
de perseguição, porque é a melhor forma de serem provados na pureza da Fé e o
melhor meio de alcançarem a bem-aventurança eterna.
Exemplo: As
provações de Santa Edwiges não ficaram somente nas tristezas ,mágoas e
passagens dolorosas provocadas por acontecimentos de que fizeram parte os
filhos e o marido.Mas, foram muito mais longe. A santa teve que ver o próprio
esposo, que formara espiritualmente pelos seus ensinamentos e exemplos,descer à
mais baixa posição que um filho da igreja pode atingir,ou seja a excomunhão. Henrique
havia alargado até aos mais distantes limites o âmbito dos seus domínios. Uma
sucessão de guerras e outras manobras, julgadas indispensáveis para a sua
soberania, tinham levado as fronteiras do estado até próximo de Berlim no lado oriental,elas
incluíam a Grande e Pequena Polônia; no ocidental, a Silésia e o país de
Lebuska. Sentindo-se tão poderoso, Henrique deixou-se dominar pelo demônio do
orgulho, e pretendeu restaurar o antigo “direito de investiduras”. Além do
mais, procurou intimidar a opinião católica, deixando de respeitar direitos e
liberdades da igreja.
Os Bispos,em consideração à
dignidade do duque e por deferência a Edwiges,sempre dedicada e
obediente, empregaram todos os meios possíveis para demover o duque dos seus intentos
pouco respeitosos para com a hierarquia eclesiástica.
Oração à Santa Edwiges
7º DIA – AS PEQUENAS COISAS
Meditação: O
verdadeiro caminho da santidade consiste em fazer sempre com amor as pequenas
coisas de que está cheia a nossa vida. Santa Terezinha do Menino Jesus chegou a
afirmar que um alfinete apanhado do chão com amor pode salvar uma alma… Assim,
animadas pelo amor, essas pequenas coisas se transformarão num grande ramalhete
para oferecermos a Deus. A nossa dificuldade está em não saber aproveitar as
ocasiões que se apresentem diante de nós. Julgamos que só grandes feitos,
custosos sacrifícios, graves sofrimentos é que nos levam à perfeição. Nada mais
errado. Os pequenos momentos de cada dia também são degraus que nos levam
seguramente a Deus. “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças,
não entrareis no reino dos céus” (Mateus 18,3).
Exemplo: Além das
penitências corporais, Edwiges entregava-se também a demoradas meditações,
contemplando a Paixão de Cristo e as dores de Nossa Senhora. Em tais ocasiões, que
eram frequentes, derramava copiosas lágrimas de compaixão. A princesa Ana de
Boêmia, sua nora, esposa de Henrique, ao contemplá-la nesse estado, exclamava:
“Li a vida de muitos santos, porém não encontrei em nenhum deles tanta
austeridade como vejo em minha sogra”. Uma virtude que se destacava claramente
em Edwiges era a paciência. Nunca ninguém a viu encolerizada ou mesmo exaltada,
fosse qual fosse o desapontamento a enfrentar. Tratava com maior delicadeza a
todos que a procuravam, esquecendo totalmente a sua posição elevada e a sua
nobreza. Não respondia asperamente a quem quer que fosse, nem mesmo àqueles
quem viessem a magoá-la com fatos ou palavras. Tinha, por isso, o dom de
acalmar os enraivecidos. Quando as discussões entre algumas pessoas atingiam o
auge, era suficiente a sua presença para transformar em serenidade os ânimos
exaltados. Recebendo grosserias, o que acontecia quando se aproximava de
pessoas soberbas ou ignorantes, respondia apenas com estas palavras: “Por que
fez isso? Vou pedir a Deus que lhe perdoe”.
Oração à Santa Edwiges
8º DIA – SABER LUTAR
Meditação: Dizia
Santa Joana D`Arc que na luta não devemos fazer questão de vencer,mas de
combater. Bater se com bravura é nosso dever, enquanto a vitória pertence a
Deus. Na vida espiritual muitas pessoas só pensam no triunfo e no sucesso,sem
ligar muita importância aos embates que é preciso enfrentar para atingir o fim
desejado. Gostam de encontrar o prato feito,como se diz. Outros acham que por
já haverem conquistado um certo sossego espiritual, não necessitam mais estar
alerta. São pessoas que, só porque fazem certas práticas espirituais, pensam
estar salvas e livres de qualquer perigo. Coitadas, nem pensam que o inimigo
não dorme… A palavra de Cristo continua válida: “Vigiai, pois, já que não
sabeis nem o dia e nem a hora” (Mateus 25,13). E São Francisco de Sales,
brincando, dizia que as nossas más inclinações nos abandonam somente quinze
minutos depois da nossa morte.
Exemplo: Santa
Edwiges tinha particular devoção pela cruz de Cristo. E as suas meditações
reportavam-se a quase todos os mistérios da Redenção. E, mais ainda, ela
procurava viver a espiritualidade da cruz, expressa nestas palavras de Cristo:
“Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruze siga-me”
(Marcos8,34). A devoção de Edwiges à cruz de Cristo e a Maria fez lembrar as
palavras do Concílio Vaticano 2º: “… A Beata Virgem avançou em peregrinação de
fé; manteve fielmente a sua união com o Filho até a cruz; sofreu junto com Ele.
E com ânimo materno se associou ao seu sacrifício, consentindo com amor na
emulação da vítima por ela mesma gerada. Finalmente, pelo próprio Cristo Jesus,
moribundo na cruz, foi dada como mãe ao discípulo João e a todos nós”
(Documento Luz das Nações nº 58). Como mulher, Edwiges sabia o quanto custou a
Maria ter-se associado à obra dolorosa de Jesus na salvação do mundo. Por isso
dedicava particular veneração à Virgem Santíssima. Trazia constantemente
consigo uma pequena imagem da Mãe de Deus, e vários fatos miraculosos
demonstraram-lhe como a Virgem correspondia à sua devoção.
Oração à Santa Edwiges
9º DIA – O CUIDADO COM A VIDA ESPIRITUAL
Meditação: Muitas
pessoas, inteiramente dominadas pelo desejo de fazer o bem aos outros, chegam a
negligenciar os próprios interesses espirituais. Nosso Senhor disse que de nada
valeria ao homem conquistar o mundo inteiro se não conseguisse salvar sua alma
(Lucas 9,25)? A caridade bem ordenada começa por si mesmo. Para converter
outras pessoas é indispensável que nos tenhamos convertido a nós mesmos.
Ninguém dá o que não possui. “De que adianta querermos tirar o cisco do olho de
nosso irmão, se temos uma trave em nossos próprios olhos” (Mt 7, 3-4)? Os
antigos já diziam: “Médico, cura-te a ti mesmo”. Fazer o bem aos outros é
indispensável, mas sem prejuízo de nossa própria santificação. Assim, o problema
da melhoria do mundo é antes o problema da maioria de nós mesmos.
Exemplo: Quando
assistia ao Divino Ofício, Edwiges não admitia nem de longe que alguém pudesse
conversar na igreja. Via em tais manifestações um desrespeito para com a
majestade divina. Entregava-se o mais que podia à meditação, e para isso
procurava os lugares ermos do castelo ou sombrias alamedas dos pátios externos.
Mesmo doente, não queria faltar às orações comunitárias. Fazia questão de ouvir
diariamente a Santa Missa. Mandava celebrá-la na capela distante do palácio,
pois queria assistir à mesma em companhia dos filhos e parentes, formando um
verdadeiro cortejo, e dando assim um belo exemplo aos que presenciavam tal
espetáculo. Entrava na igreja extasiada, pensando no sacrifício do Calvário que
se ia repetir ali, embora de modo incruento. Quando começava a Consagração,
prosternava-se, quase deitando-se nas lajes do templo. E não se limitava a
rezar na Missa, fazia questão de rezar a Missa acompanhando o sacerdote na
leitura do Missal.
Oração à Santa Edwiges:
Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos
desvalidos e o socorro dos endividados. No Céu agora desfrutais do eterno
prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais a
minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio que urgentemente preciso...
(Fazer o pedido da graça que urgentemente precisa) Santa Edwiges, protetora dos
endividados, aumentai minha confiança na providência divina para que não falte
o pão de cada dia, e que no final do mês não falte o necessário, que eu possa
dar aos meus familiares saúde, educação e dignidade na moradia. Santa Edwiges
intercedei por mim, para que consiga o equilíbrio na vida financeira e o
discernimento nos negócios. Ajudai-me a superar os problemas financeiros. Alcançai-me
também Santa Edwiges a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai
por nós! Amém.
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