Para exemplificar essa busca incessante que a fé incentiva, o Papa citou Santo Agostinho. Este buscou com inquietação a verdade, perpassando todas as filosofias disponíveis. “A sua cansativa investigação racional é para ele uma significativa pedagogia para o encontro com a Verdade de Cristo. Quando diz: “compreendas para crer e creias para compreender” (Discurso 43, 9:PL 38, 258), é como se contasse a própria experiência de vida”.
“A fé, vivida realmente, não entra em conflito com a ciência, mas coopera com essa, oferecendo critérios basilares para que promova o bem de todos, pedindo-lhe para renunciar somente àquelas tentativas que – opondo-se ao projeto originário de Deus – possam produzir efeitos que se voltam contra o próprio homem”.
Bento XVI também lembrou que, desde o início, a tradição católica rejeitou o chamado fideísmo, que é a vontade de crer contra a razão. Ele destacou que Deus não é um absurdo, mas sim um mistério, que não é irracional, mas tem uma superabundância de sentido, de significado e de verdade.
“Se, olhando para o mistério, a razão vê escuridão, não é porque no mistério não tenha a luz, mas porque existe muita (luz). Assim como quando os olhos do homem se dirigem diretamente ao sol para olhá-lo, veem somente trevas; mas quem diria que o sol não é luminoso, antes a fonte da luz?”, exemplificou.
FONTE: Canção Nova
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